Dores de ser

Teu olhar posto nos meus

Arredio de meus instintos

Um silêncio, uma curva

O teu corpo no meu

Tua perna roçando meu joelho.

Insanas noites que perdi com você

Intensas madrugadas à toa

Seus lábios frios umedecendo meu rosto

Santas dúvidas, uma curva

Minhas constantes dores de ser

E o arrepio que mordaça minha boca

Nunca esqueci como fora fria tua cocha.

Ah, minha amada Éline

Sobre teu seio virgem adormeci

Passei a eternidade acariciando-a

E te vendo entre o doce e o amargo do asfalto

Era a agonia de minha adolescência estúpida.

Nacélio R. Lima – Sobral-CE, 23/02/2010

Nacélio Rodrigues Lima
Enviado por Nacélio Rodrigues Lima em 24/02/2010
Reeditado em 26/02/2010
Código do texto: T2104882
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