Dores de ser
Teu olhar posto nos meus
Arredio de meus instintos
Um silêncio, uma curva
O teu corpo no meu
Tua perna roçando meu joelho.
Insanas noites que perdi com você
Intensas madrugadas à toa
Seus lábios frios umedecendo meu rosto
Santas dúvidas, uma curva
Minhas constantes dores de ser
E o arrepio que mordaça minha boca
Nunca esqueci como fora fria tua cocha.
Ah, minha amada Éline
Sobre teu seio virgem adormeci
Passei a eternidade acariciando-a
E te vendo entre o doce e o amargo do asfalto
Era a agonia de minha adolescência estúpida.
Nacélio R. Lima – Sobral-CE, 23/02/2010