Corpo do suicida
A luz do sol bate no meu rosto e não sinto vida
Meus sonhos estão rodeados por moscas
Os olhos antes alegres agora vêem imagens toscas
Meu peito sangra sem ferida
Há dias esperando alguém chegar
Imóvel sem ter para onde ir
Força me falta até para chorar
Tudo que consigo é sentir
Maquinário de guerra ao meu lado
Corpo caído e vinho derramado
Ferro na minha cabeça vazia
Falsa surpresa e alegria
Tire-me desse mundo
Enterre-me de vez
Tire-me desse chão imundo
Meu sopro se desfez