Mulher rastejante...
Eu aqui com esta idade
Caí no conto da felicidade
Mas quando percebi...
Era tudo falsidade
Trocaste meu sincero amor
Pela tua vida de promiscuidade
Quanto engano e maldade
Mas não há de ser nada
Haverei de achar por aí...
Quem me ame de verdade
Enquanto você terá a sarjeta
Companheira das tuas mutretas
Tua alma suja e moribunda
Anda sempre de muletas
Bandoleira, pistoleira, interesseira...
Oferece teu corpo em cada esquina
Só pelo reles prazer desmedido
Um misto de pena e nojo...
Guardo de ti com desprezo
Você é um réptil que rasteja
E se oferece em banquete
Como se fosse sobremesa
A prostituta é mais nobre
Sofredora trabalha pelo 'cobre'
Não é assim doente e nem mente
Como você que é só demente
Nada sente e é perversa
Enquanto ela quer somente
Ter o que comer à mesa
Hildebrando Menezes