Cruzes....
Sonhei que o Brasil era um cadáver
Não era sonho era um grande pesadelo
Ele tinha a cabeça na água e o corpo na terra
Vermes de gravata estavam a comê-lo!
Como no tempo antigo
A vida ainda anda debaixo do chapéu
O que há acima dele
não se sabe, não nos pertence
Pertence ao céu
Meu destino
Nunca liguei pro destino
Nunca fiz planos pro futuro
Vivo só o hoje, o futuro?
Quando vier não declino
Viu?
Havia uma festa
Ninguém percebeu
Ninguém viu
No entanto
A vida seguiu
meu amor
Sê só minha
Infinitamente minha
a donzela, a princesa do amor
Neste meu castelo em ruínas!
Fé??
Acorde homem de Deus
Que o santíssimo sagrou com a fé
A luz nos teus olhos
AH..É??
Se tudo na vida é mutante,
Se os corações não tem juízo
Se os destinos são incertos
Como amar seria preciso?
Oh, Carol,
Oh menina, seu baby doll
É um pedacinho de pano
Tentando encobrir o sol
O primeiro amor !
A primeira vez que te vi
Não lembro o ano
Faz tanto tempo
Voce usava ainda roupas juvenis
Talvez fosse 69 ou 70?
Se não me engano...
Vimos-nos de novo....
Creio que foi no mês de Dezembro
Voce estava radiante
Mas quem liga para datas nestas horas?
Mas sei que foi um pouco mais distante!
Beijamos-nos
Guardei, foi num mês de Abril
No seu aniversário
Podemos dizer que foi um beijo de amor
Você não estava bem segura
Por isso talvez tenha sido um pouco frio
Fizemos amor,
Muito tempo depois,
Nossa primeira vez,
O mes? Imperdoável, não lembrar direito
Sei que marcas do seu batom descomedido
Ficaram bom tempo
Desenhadas no meu peito
Lembro-me dos passeios escondidos
Dos encontros dentro do cinema
somente
Da ansiedade em lhe ver
Dos desejos cada vez mais ardentes!
Um dia, porém, tudo terminou
Juro, até agora não sei o porque
Nem quando...,
Lembro-me apenas
Que de repente voce foi desaparecendo
Então pela primeira vez senti,
Um vazio nos meus olhos,
Um buraco na alma
Uma tristeza profunda, nascendo!