TEMPESTADE


‘Maldade encoberta
Gelo que gesta na alma
Sufocando amor.’

No submundo...
Habita e contorce
A subespécie

Rasteja nas sombras
As faces enlameadas
No expurgo das dores

Meio répteis... Vermes
À procura de oxigênio
E a cada movimento...

Explode o espanto
O olhar do poeta
Procura pelas bordas

Dissipado os encanto
Busca o sentimento
Que possa ser gestado

Almas em parafuso
Corroído e retorcido
Quer o ajuste

Cheiro forte de enxofre
Choros e lamentos entrecortados
Misturam-se entre riso e pranto

Diante do sofrimento
Cenário típico de inferno
No fio da navalha da existência

Que sobrevive de espasmos
Só o sorriso de uma criança
Há de salvá-los do cadafalso

Enquanto o vento assopra
O silêncio enlouquece...
Geme seu grito de horror

Anunciando a tempestade!

Hildebrando Menezes
Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 14/02/2010
Reeditado em 14/12/2012
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