Assassinato

Depois do golpe surdo no pescoço

Limpou o sangue ralo que escorria da lâmina

Pensou que havia assassinado uma mulher

Porem, estrebuchava uma barata

Nunca houvera matado

Mas naquele dia a ira correu-lhe nas veias

Não pensou duas vezes

Sem dó, nem piedade

Estrangulou, cortou a garganta

Da sua arrogante vitima

Levado a julgamento

Absolvido pelo júri

Com um simples argumento

- Dr. não sou fabricante de tecidos

Não tenho loja de roupas

Não confecciono carapuças

Toucas, bonés ou similares

Logo nada a ver com a que a vitima usava

Declaro que sou inocente

E assim foi absolvido

Pelo sensato júri

Que nenhuma culpa pressentiu

Visto que a vitima provocou

A própria morte

Por ser suicida