CORAÇÃO ARDENTE
Na boca da madrugada
Sentimentos afloram as manhas
Acesos pelas centelhas
Iluminam as gotas de orvalho
Que acariciam as pétalas de flor
No céu o sol desponta
Seus raios infra e ultravioleta
São labaredas que inflamam a pele
De um corpo que reclama doçura
Da união do amor e da paixão
É a vida com sua divinal explosão
De um inquieto frenesi em ação
Do meu coração ardente
Valente que pulsa indolente
Na pendular inconseqüência
Que brota das carências
A invadir as entranhas da solidão
Numa rebeldia indomável
A impelir mágicos momentos
Insanos, lépidos e ousados
Eternizados como tatuagem
Na languidez das libidos
Na volúpia da vadiagem
Num vôo supersônico
Eriçando as plumagens
Rumo ao impenetravel infinito
Onde só persiste uma imagem
A dos dias de felicidade.
Hildebrando Menezes