CORAÇÃO ARDENTE

Na boca da madrugada

Sentimentos afloram as manhas

Acesos pelas centelhas

Iluminam as gotas de orvalho

Que acariciam as pétalas de flor

No céu o sol desponta

Seus raios infra e ultravioleta

São labaredas que inflamam a pele

De um corpo que reclama doçura

Da união do amor e da paixão

É a vida com sua divinal explosão

De um inquieto frenesi em ação

Do meu coração ardente

Valente que pulsa indolente

Na pendular inconseqüência

Que brota das carências

A invadir as entranhas da solidão

Numa rebeldia indomável

A impelir mágicos momentos

Insanos, lépidos e ousados

Eternizados como tatuagem

Na languidez das libidos

Na volúpia da vadiagem

Num vôo supersônico

Eriçando as plumagens

Rumo ao impenetravel infinito

Onde só persiste uma imagem

A dos dias de felicidade.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 10/02/2010
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