O CERTO E O TORTO

Não olhe prá mim,

que sou roto,

tampouco me siga,

que sou torto.

Não dê seu amor

que não preciso,

sou mais um ator

no choro, no riso.

Não falo tudo,

digo aos poucos

e quase mudo,

sou verbo louco.

Acompanho agora

que sózinho estou,

depois mando embora

ou então, me vou.

Inocente, esperto,

busco e procuro

à todo instante,

que por certo

até no escuro

sou viajante.

E meio louco,

meio crente,

meio ateu,

vou assim devagar

prá quem sabe

um dia encontrar

um abençoado deus.

Riva
Enviado por Riva em 02/08/2006
Reeditado em 02/08/2006
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