NO EMBALO DA NOITE
Anoitece...
Não sei o que acontece,
Há algo estranho o ar,
Um anjo torto desce,
Ocupa o meu lugar,
Saio por aí ao avesso,
Sem razão, sem endereço,
Deixo que o anjo me possua,
Deixo a noite me levar...
Conto estrelas, brinco com a lua,
Ainda que ela esteja ausente,
O eu lúdico sente,
Sua presença constante,
Sua luz radiante,
Ante o louco olhar,
Converso com as almas penadas,
Na beira da estrada,
À espera do dia,
Solto gritos no nada,
Nada me separa do frisson,
Desse tom cristalino,
De loucura,
Sobre um menino homem,
Um homem menino,
Distante das rasuras,
Da realidade,
Divagando muito além,
Da possibilidade,
Da plasticidade,
Desse lúcido planeta,
Lunática borboleta,
“Metamorfose ambulante”,
Impávida – errante,
Entre o inferno e o céu,
Versos incompletos,
Num pedaço de papel,
Coração aberto,
Inteiramente ao dispor,
Do traço – do gesto,
Do absoluto amor.
Anoitece...
Não sei o que acontece,
Há algo estranho o ar,
Um anjo torto desce,
Ocupa o meu lugar,
Saio por aí ao avesso,
Sem razão, sem endereço,
Deixo que o anjo me possua,
Deixo a noite me levar...
Conto estrelas, brinco com a lua,
Ainda que ela esteja ausente,
O eu lúdico sente,
Sua presença constante,
Sua luz radiante,
Ante o louco olhar,
Converso com as almas penadas,
Na beira da estrada,
À espera do dia,
Solto gritos no nada,
Nada me separa do frisson,
Desse tom cristalino,
De loucura,
Sobre um menino homem,
Um homem menino,
Distante das rasuras,
Da realidade,
Divagando muito além,
Da possibilidade,
Da plasticidade,
Desse lúcido planeta,
Lunática borboleta,
“Metamorfose ambulante”,
Impávida – errante,
Entre o inferno e o céu,
Versos incompletos,
Num pedaço de papel,
Coração aberto,
Inteiramente ao dispor,
Do traço – do gesto,
Do absoluto amor.