CANIBAL

Canibal que sou,

quero agora

saciar-me contigo.

Animal, eu vou

primeiro ser amigo

depois, igual, pior

que outros todos;

cheio de vícios,

mentiras, emgôdos.

Então, vá depressa

depois do amor.

Não dê, nem peça

mais do que isso,

que só o que resta

agora, é dor;

a parte que presta

e ama ainda,

rápido adormece

e na hora seguinte,

te nega, esquece.

É assim que sou:

chupo teus ossos,

idolatro e amo

o mais que posso.

Depois, te jogo

sempre ao acaso;

me limpo de ti,

te peço, te rogo

que partas urgente,

prá depois, amanhã,

devorar-te novamente!

Riva
Enviado por Riva em 31/07/2006
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