A chave do Caos

Numa quente e ensolarada manhã de verão,

Onde a brisa quente soprava e a luz do sol banhava

A esplendorosa face da grande mãe que agora

Corrompida pela ambição, perde sua beleza natural.

Um homem permanece a meditar na escuridão

Em seu antro de meditação, templo sagrado, seu lar

Envolto em pensamentos confusos de uma mente distorcida

Que o afoga no desespero de alcançar a Ordem

Que sempre serviu sem hesitar! Prestes a dar o ultimo suspiro

De sanidade, quando a doce voz vem lhe falar.

Ahh essa voz! A reconhece de outros tempos

A reconhece dos tempos em que não sabia sobre a vida,

Sobre a morte, sobre o bem, sobre o mal, a Ordem e o Caos

A voz da rebelde donzela que o impede de mergulhar

Na escuridão eterna de um maligno devaneio

Como num sonho dentro de um sonho, ele volta a respirar

E volta sua atenção para aquela que viria a lhe salvar

Bom dia doce rebelde, que me desperta da destruição!

Como que sabendo da situação, talvez já a tenha vivido

Outrora em seu tempo ou talvez ainda a viva ela lhe diz:

Bom dia senhor! O que aflige tua sanidade a ponto

De achar que minha simples presença o salva da destruição?

Minha mente se encontra numa eterna contradição

Em meio a conceitos distorcidos de uma luta pela razão

Pois então, ao invés de seguir a razão, por que não faz como

sempre diz e não segue teu espírito que se encontra no coração?

Meu espírito! Lembro-me de tê-lo seguido uma vez

O libertei na vasta imensidão do deserto, mas como um

Cavalo selvagem, ele correu em liberdade e não

Fui capaz de alcançá-lo na vastidão! Agora se encontra preso,

e eu não tenho mais a chave para libertá-lo

Então o que lhe falta para alcançar o paraíso é somente

equilíbrio, equilíbrio entre coração e razão!

Não se pode ser totalmente bom ou totalmente mal!

Sim! Bem e mal! Uma divisão justa, porém não a sigo,

Pois em minha insignificância humana, sou suscetível as duas

Prefiro me dividir em Ordem e Caos! E em minha

Escolha da Ordem eu tento mantê-la fazendo bem ou mal!

Em sua sabedoria e escolhas, deve ter o conhecimento

Dos ancestrais que nada existiria sem ambos

Nem mesmo a Ordem existiria sem o Caos e

Nem mesmo o Caos existiria sem a Ordem!

Pois bem, em minhas escolhas decidi ser um guerreiro!

Guerreiro da Ordem! Minha função não é destruir o Caos,

Mas sim, combatê-lo, afinal, que serventia teria

Um guerreiro sem ter contra quem lutar?

Em seus pensamentos o homem a pouco afundado

Em sua insanidade, se recupera sem perceber

Teria ela trazido o Caos em sua vida? Teria ela mostrado

O Caos ao seu redor? Seria ela o Caos necessário em sua vida?

Talvez o que o aflige não é em que você se divide,

Mas sim em como você divide! Talvez essa seja a chave

Que liberta o Caos necessário para que a Ordem seja mantida.

A verdadeira questão é: você quer encontrar a chave?

A sim! Não só quero, como preciso desesperadamente

Encontrar esta chave! Estou pronto para enfrentar

Gigantes de gelo e atravessar o deserto escaldante, pois

Coragem é a primeira das nove virtudes!

Então como uma linda Valkyrja que desce dos céus

E levanta o nobre guerreiro caído em batalha,

Ela não o tira da escuridão, mas lhe mostra um ponto de luz!

Seria ela a dona da chave do Caos?