Claro Destino
Tento inutilmente entender o que me acontece. O que faço. O que sinto. Tentar entender o que não se pode entender já virou minha sina. A minha vida. Essa busca do impossível.
Nada se faz sozinho. Tem o agente externo que age e o receptor interno que sofre. Neste caso, agente e receptor se misturam, ninguém sabe quem é quem. Ou os dois são e querem ser. Um sofre pelo outro e não agem.
A ação ficou parada no tempo.
A viagem sem as horas parece interminável. Não, não é monótona. Pelo contrário, é um Quase. É aurora sem o sol, ele com medo do dia escondido atrás. Quero o dia! A noite é muito escura, as estrelas gritam palavras com suas luzes e ouço apenas o som do vento agitado sem conseguir distinguir a voz de uma única estrela.
As estrelas não são confiáveis. Estão anos-luz de distância. Queria ter uma em minhas mãos e poder ouvir seu pedido particular latejando em meus olhos.
Uma estrela que existe.
Mas ainda não é dia. O sol não veio.
Claro que veio! É dia! Eu me engano constantemente. Olha lá fora a Realidade no céu absurdo! Aquele sol que te aqueceu de manhazinha e eu senti de olhos fechados.
Olhe! Porque não olhou?
Era forte demais.
Então é fraco?
Pode ser, o sol me dá insegurança.
Fraco!
Não... tá bem... sou sim e já estou ficando com ódio de mim mesmo está sabendo?
Eu sei, eu sou você e também tenho ódio.
E o Destino? Para onde vai?
Sabe que eu não sei, o tempo parou e Onde perdeu o sentido.
Você faz sentido, sente?
Sinto que o Destino é claro.
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Pare de escrever, já basta.
E você pare de ler!
Vá eu ordeno.
E quem é você?
Eu sou você, estúpido, e não me agüento mais!