O VENENO DO AMOR...!
No alto da montanha a tapera
Onde só o nosso amor impera
Translúcido e irreal como sonho
Ou quimera...!
Do alto da montanha se avista
A paisagem nubilosa onde a crista
Da serra se perde de vista
No céu em esfera...!
Lá em baixo se ergue a capela
Com a torrezinha pontuda e tão bela
Onde o amor nos chamou para ela
A bela e a fera...!
Sim, por que hoje só resta o sofrer
E a solidão que envolve o meu ser
É negra como o anoitecer
Que me espera...!
Do alto da montanha o ciúme
Cutucou minha alma e seu gume
Transformou minha vida em negrume
De pantera...!
Rugindo de dor tão intensa
Meu coração numa prensa
Julguei, condenei, dei sentença
Na tapera...!
Em seu corpo moreno o veneno
Transformou o seu rosto sereno
Numa máscara de horror obsceno
E de cera...!
Uma foto eu vira em sua mão
Escondida junto ao coração
Não sabia que era o irmão
Que falecera...!
A justiça nunca me condenou
Por certo ela se envenenou
Sua mente doente a obrigou
E etecetera...!
Solitário na montanha, sem destino
Da capela ouço o dobrar do sino
A chorar a alma do pequenino
Que ela espera...!
No alto da montanha a tapera
Onde só o nosso amor impera
Translúcido e irreal como sonho
Ou quimera...!
Do alto da montanha se avista
A paisagem nubilosa onde a crista
Da serra se perde de vista
No céu em esfera...!
Lá em baixo se ergue a capela
Com a torrezinha pontuda e tão bela
Onde o amor nos chamou para ela
A bela e a fera...!
Sim, por que hoje só resta o sofrer
E a solidão que envolve o meu ser
É negra como o anoitecer
Que me espera...!
Do alto da montanha o ciúme
Cutucou minha alma e seu gume
Transformou minha vida em negrume
De pantera...!
Rugindo de dor tão intensa
Meu coração numa prensa
Julguei, condenei, dei sentença
Na tapera...!
Em seu corpo moreno o veneno
Transformou o seu rosto sereno
Numa máscara de horror obsceno
E de cera...!
Uma foto eu vira em sua mão
Escondida junto ao coração
Não sabia que era o irmão
Que falecera...!
A justiça nunca me condenou
Por certo ela se envenenou
Sua mente doente a obrigou
E etecetera...!
Solitário na montanha, sem destino
Da capela ouço o dobrar do sino
A chorar a alma do pequenino
Que ela espera...!