Loucura Filosófica ou Filosofia da Loucura
Dizem que o coração de uma mulher
É como oceano profundo
Onde ser algum consegue ir!
Mas cheguei à conclusão,
Que o de um homem também o pode ser.
E pra falar a verdade,
É melhor mesmo que assim permaneça
Por longos anos.
Afinal, os sanatórios já estão muito cheios!
Mas também,
Imaginem só o que não fariam
Com pessoas que já pensaram em suicídio,
Ou mesmo que pensão,
Com quem deseja obsessivamente escrever longos livros,
Ser um grande poeta,
Buscar a perfeição,
Sem mesmo ter talento,
Ser pintor,
Ser filósofo,
Psicólogo,
Ai chega, mande-o mesmo para o sanatório,
Lá...,
Terá lugar e tempo suficiente
Para estudar tudo que deseja!
O que farão,
A correta sociedade,
Se descobrir que alguém
Talvez insiguinificante,
Fica na praia pensando, por exemplo,
Porque a água não cai se a terra é redonda,
Ou mesmo porque “tudo” sobe,
Se os japoneses estão de cabeça para baixo,
Então lá desse,
É lógico!
E porque a terra não se cansa
De dar voltas e mais voltas em torno do sol
Depois de tantos espinhos cravados em seu ceio?
Eu em seu lugar,
Tomaria duas únicas atitudes,
Ou lançaría-me no espaço e congelaria tudo,
Ou me atirava ao sol ardente
E queimava tudo,
Mas...;
Ela é tão bondosa que ,
Enquanto lhe resta vida,
Ela sempre da mais uma chance,
Para que a espezinhemos novamente!
Acho até que ela é mais louca do que eu!
Mas...
Antes que o poema termine
E eu fique a ver navios,
Permita-me que termine estes loucos versos.
Pois afinal,
De que vale a vida sem um pouco de loucura,
Para que saibamos aproveitar tudo de bom que ela nos oferece.
Pois bem,
Eis que sou louco,
E se louco sou,
Assim também o és,
Quem a estes loucos versos agradar,
Não que eu esteja dizendo,
Caro leitor,
Que tu sejas louco,
Mas ...
Se louco sou,
E loucos são meus versos,
Conseqüentemente,
Louco também és quem os lê!
(24/01/07)