Confessionário

Não preciso de ninguém

para contar meus atropelos

tenho a poesia para desabafar

fazer meus apelos

e mostrar todos os meus lados

minhas faces

minhas fases

e aparar minhas arestas

expor na testa

o que é bom

e o que não presta

confessar meus pecados

meus desejos

meus almejos

sussurrar meus pecados

deixar meus recados

no corações

dos bons

ou

dos maus

amados

mas

para todos os adorados

que me ignoram

ou

que me adoram!

2010

Marcos Horto
Enviado por Marcos Horto em 20/01/2010
Código do texto: T2040732