Maldito violino
O cortante vento estraçalhando o silêncio nas folhas
Parece congelar meu sangue,
Mas incrívelmente faz o coração bater com mais vontade,
Talvez com vontade suficiente pra correr de tudo isso,
Acompanhada de poucas estrelas,
Compensadas por sua magnitude imensa,
Ela parece refletir em resposta
Aos olhos cintilantes dos gatos no breu.
Trovão!!!
Assovios do vento e galhos secos se quebrando.
Grotescas imagens mortas parecem acenar ao relâmpago.
Tão soturnas são as gargalhadas do violino que me acordam a noite,
Que mal consigo adormecer novamente,
Ansioso pra sentir mais uma vez o arrepio de suas cordas,
Tocadas naquela que por mim é adorada,
A sinfonia da noite.