ESQUINAS DAS ILUSÕES

Seus olhos buscam o arco-íris,
Mas já não conseguem alcançá-lo.
Desce um véu cinza sobre o entardecer,
Desponta a noite tristemente.
Tudo poderia ser bem diferente,
Mas não... ainda não...
Ainda não tem merecimento,
Tudo tem seu tempo.
Agora, seu tempo é de sofrimento.
Continua sua vida indecente,
Vagando entre o dia e a noite.
E, nas madrugadas frias,
Tem pesadelos como recompensa.
Ações descontentes, fugas...
Vaga... muito além sua mente...
Busca soluções, fantasia-se...
Mas sempre se perde nas veredas
Da vida, esquinas das ilusões.
Disfarça nos olhos uma lágrima,
Sentimentos líquidos, que jorram
Para aliviar sua angústia,
Sua dor impura.
Entre a lucidez e a loucura,
Vê uma pequena possibilidade de cura.


Cellyme
Enviado por Cellyme em 12/01/2010
Reeditado em 20/04/2011
Código do texto: T2026002
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