DOIS ATOS
 
 
No sono da madrugada dorme,
Ela com o arrepio dos sonhos,
Correm os fatos, parada na cama,
Ao fio dos dois mundos.
 
No penoso silencio da noite,
Impaciente se lança aos cantos,
Vejo a falta do seu amor como açoite,
Depois de amar a tantos.
 
É uma programação de freqüência,
Sem experiência da dor,
Causada sem nenhuma violência.
Essa questão mal decidida.
 
É na manha que ela surge,
A conseqüência da madrugada,
Do muito rolar a aparência,
E nos velhos atos a inocência.
 
 
 
NOVAS POESIAS. Edinaldo Formiga: São Paulo, 27/10/09.
Edinaldo Formiga
Enviado por Edinaldo Formiga em 06/01/2010
Código do texto: T2013653
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