BUSCA INÚTIL

Busco a felicidade
Pelas arestas da vida...
E, como serpente me arrasto
Neste deserto, sofrida.
 
Sangrando por dentro despejo
O meu penar pelo vento...
Carrego minh’alma dorida
Buscando no tempo um alento.
 
Mas nos cantos não encontro
O que busco com fervor.
Talvez esteja à procura
De algo que não seja amor.
 
Busco amores, busco prazeres
Numa atitude mesquinha.
Sou escrava dos desejos,
Das vontades tão só minhas.
 
E encontro as serpentes
Que camuflam a verdade.
Mas eu sei que é o tempo
Que me trará felicidade.
 
 

Célia poetisa
Enviado por Célia poetisa em 03/01/2010
Reeditado em 11/06/2010
Código do texto: T2008951
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