A taurina e eu

A taurina e eu

10:26 . nublado

O sapo sente-se como que morto,

como se morresse em seu sonho.

Assim como um operário torto

que espera, em vão, um abono.

Seria você o abono, menina,

para esse trabalhador avulso?

Olha, o que quer que sinta,

saiba que não passo de um vulto.

Vulto, escondido em minha própria sombra

esperando que alguém possa ser o sol.

Espero, feito uma pessoa tonga

procurando numa floresta, um farol.

César Piscis
Enviado por César Piscis em 29/12/2009
Código do texto: T2001206
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