Sementeira divina

Sementeira divina

14:40

Sou a cruel navalha

que decepa teus frágeis dedos.

Sou teu esqueleto, tua mortalha;

teus anseios e teus medos.

Corro faceiro e lépido

por estreita ruela

de teu corpo gélido,

do qual, não tens + a tutela.

Se te enganas, agora,

por fato irrelevante de outrora

quando te prometeram nova aurora

assim que chegasse a tua hora,

não tem aqui importância

esses fatos corriqueiros.

Esqueça as conquistas a ganância

e todos os sonhos rotineiros.

César Piscis
Enviado por César Piscis em 27/12/2009
Código do texto: T1997581
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