Sementeira divina
Sementeira divina
14:40
Sou a cruel navalha
que decepa teus frágeis dedos.
Sou teu esqueleto, tua mortalha;
teus anseios e teus medos.
Corro faceiro e lépido
por estreita ruela
de teu corpo gélido,
do qual, não tens + a tutela.
Se te enganas, agora,
por fato irrelevante de outrora
quando te prometeram nova aurora
assim que chegasse a tua hora,
não tem aqui importância
esses fatos corriqueiros.
Esqueça as conquistas a ganância
e todos os sonhos rotineiros.