Arruda, Arruda, você é o mal olhado de soslaio

Arruda, você é contra o mau-olhado,

Porém, até agora foi um mal olhado

De soslaio, por olhar desconfiado...

Da plebe, ou do povo necessitado.

Arruda, remédio

A remediar a dor

Ou aumentar

A mescla do tédio

Com a cor do palor

De quem sai do trilho.

Sua face fica rubra

Ou bem esmaecida,

Ou sem a menor cor.

É a falta de brio

Trazendo o dissabor.

É a cobra

Que o povo cobra.

Já veio o falso choro,

E agora mais indecoro

Aprovando o desdouro

Pelo amaldiçoado ouro

Qual sai do couro

Do homem trabalhador.

De um povo já sem brilho,

Mas que luta com amor.

Com remédio assim

Ai de nós, ai de mim...

O Brasil morrerá de fome

Com essa espécie de “homem”.

Que pobreza de um podre mortal.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 22/12/2009
Reeditado em 22/12/2009
Código do texto: T1990006
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