Arruda, Arruda, você é o mal olhado de soslaio
Arruda, você é contra o mau-olhado,
Porém, até agora foi um mal olhado
De soslaio, por olhar desconfiado...
Da plebe, ou do povo necessitado.
Arruda, remédio
A remediar a dor
Ou aumentar
A mescla do tédio
Com a cor do palor
De quem sai do trilho.
Sua face fica rubra
Ou bem esmaecida,
Ou sem a menor cor.
É a falta de brio
Trazendo o dissabor.
É a cobra
Que o povo cobra.
Já veio o falso choro,
E agora mais indecoro
Aprovando o desdouro
Pelo amaldiçoado ouro
Qual sai do couro
Do homem trabalhador.
De um povo já sem brilho,
Mas que luta com amor.
Com remédio assim
Ai de nós, ai de mim...
O Brasil morrerá de fome
Com essa espécie de “homem”.
Que pobreza de um podre mortal.