LUA CHEIA DE UM LOUCO AMOR

A lua modorrenta num céu cinzento escuro

Ilumina vagamente o vulto a encostar-se ao muro

Como a buscar ajuda ao pensamento impuro...!

O amor que inunda a su´alma suplicante

Provoca frêmitos de desejo alucinante...!

A lua modorrenta continua tão distante...

Os lábios tremem no estertor insano

De suplicar alívio ao esforço desumano

A lua sonolenta acentua o desengano...!

O esquecimento estende à alma sofredora

A delicada mão que a faz merecedora

Do malfazejo amor daquela que se fora...!

Silente como sempre cumprida a sua hora

A modorrenta lua se cansou e foi embora...