ODE À MINHA MORTE

Ó amada minha
Que reclama minha presença
Minha essência
Minha companhia.

Amas-me tanto assim?

Que sejas amiga.
Não me deixes sentir dor,
Isso, já senti a vida inteira,
E não sou dado ao masoquismo.

Aproxima-se a cada dia
Ainda que a passos lentos
A data fatal.

É envelhecer é cruel,
“Viver é foda”
E morrer parece ser mais difícil ainda.

Nascemos para morrer,
Que ironia!

Onde existe razão nisso tudo?

Tantos sonhos,
Aspirações da adolescência,
Mudar o mundo.

Construir um futuro aos filhos,
Que futuro?
Se o futuro é a morte!!!?

Onde está o amor de Deus nisso tudo?

...No sofrimento?

Desculpe,
Não sou dado ao sadismo,
Mas Deus parece ser.

Sado masoquista!

É..., viver e morrer é cruel.