Enfim o fim
Não há outro meio a não ser, ser sincero
Meu bem, eu devo entregar-te a verdade
Numa bandeja arrumada com tal esmero
Que alimentará ainda mais a tua vaidade
Meu desejo, não mais posso conter, é vero.
em meu peito, meu coração se parte de saudade
Não acredito que me desejes mal, eu espero.
Longe de ti, perdi completamente a sanidade
Mulher, juro pelos meus testículos. Sei, é escroto!
Te daria todo meu sangue numa vasilha. Sorria!
Diante de você se humilha um homem morto
E não um boêmio recém saído d´uma orgia
É certo, me comportei como um vadio torto
Mas olhe-me nos olhos e só verás agonia
De quem contempla tua graça alegre, absorto
Pois me Iluminas ainda mais que a luz do dia
Devias parar de lembrar-me que te abandonei
Que eu deixei-te sofrendo por medo
Ouça pela ultima vez o que te direi
Acalma-te, respira e abaixa o teu dedo
Vou sair da tua vida para sempre, prometo
Não ralhe comigo, por ser quem sou
Posso ser amargo como um café preto
Mas não esqueça. Fui o primeiro que te amou
Duvido muito que te amarão como te amei.
Meu bem, te deixarei agora enquanto é cedo
Tudo acabou mas não da forma que sonhei
Saltarei hoje da ponte Buarque de Macedo