Orgasmo Sensorial

Ele tocava lentamente no corpo de uma mulher

Que não tinha medo porque tinha no coração Amor

Percorrendo os caminhos traçados na sua pele

Criou novos trajectos e novas paragens

Deixando marcas que o espelho refectia em si

Na dormência candida e terna de um beijo

Exalava no ar o desejo ardente do prazer

Ardia a agitação que envolvia a ansiedade

Onde tudo parecia tanto e tão pouco

Numa paixão tórrida de partilha e sedução

As mãos queimavam de excitação e vontade

Os olhos eram porto de palavras mudas

A mente voava solta na nuvem da felicidade

E o sublime estava perto do céu

Das ténues velas que brilhavam no escuro

No espaço vazio de um corredor

Não existia a indiferença

havia abraços, beijos, suave indecência

De pensamentos que voavam além da imaginação

E não era apenas querer era Amor

Inebriante e contagiante o flui de sentimentos

Que levava os corpos à exustão

Os olhos às lágrimas de emoção

Era esvoaçar no céu em sinal de libertação

Possuindo o impossível e alcançando a eternidade

Pela eternidade fica a sensação pura

De fazeres parte de mim por fracções

Que o tempo me quer excluir de novamente ter

Mas que estão em mim, na minha pele

São as minha marcas cravadas de sonho

Na cama em que agora te esqueces de mim

está um pedaço de mim e do meu Amor

Do desejo, do calor, da loucura, da comunhão

De dois corpos nus enroscados no cobertor

De afectos, de ternura, de abnegação

Nos lençois que lavas com a tua mente

Estará sempre a presença do passado

Do inegável sentimento que transpunha

Tudo oq ue a realidade comporta

Por a sua dimensão é a imensidão

Sonya
Enviado por Sonya em 16/07/2006
Reeditado em 04/08/2006
Código do texto: T195178