CHEIRO DE AMOR
por Regilene Rodrigues Neves
O perfume de corpos sobre o lençol
Misturado de amor
Ainda tinha essência de desejo
O prazer na ponta de um sorriso
Escorria dos lábios
Adocicando a língua
Que sensualmente provocava a boca
Num gosto de beijo...
Tinha amado o poeta
Sentido a volúpia do amor
Provocar seus instintos
Até ouvir a fêmea gritar
Depois de beber
Toda aquela poesia insana...
Ali esparramadas no chão
Roupas arrancadas
Atrevidamente por mãos ousadas de carícia
Chamas acesas exalavam da pele
O suor quente que escorria entre as pernas
Fazendo brotar um caminho de sedução
Para ser percorrido de luxúria...
O amor ali presente
Escutava fantasias
As paredes ouviam sussurros
De palavras obscenas
Alguns versos depois de sentir
Aquele torpor de emoções
Se entregaram aquela intimidade...
Sentindo derramar da alma
Rimas aleatórias
Entre a realidade e a poesia
E um êxtase superiormente interessante
Exalou sonhos da noite
Cheiro de amor molhou o papel
De um poema exagerado de quimera...
O gozo entranhado de poesia
Absorvia cada estrofe
Enquanto na ponta dos dedos
Podia sentir os frêmitos
De corpos nus sobre o leito...
Por toda noite sonhei
Escrevendo um poema
Com cheiro de amor...
Em 26 de novembro de 2009