ALFORRIA

Nossos olhos se encontram e parecem fotografar nossas almas

E nossas mãos tremulam num breve aceno;

Há um gosto de veneno proibido no ar, balbuciam nossas bocas.

Palavras vans...

Se minha alma estive alforriada...

Deixar-me-ia levar no vendaval desta paixão

Saciaríamos a sede incontida de sermos apenas ilusão

Amaría-mos, como um reencontro de amantes apaixonados.

Ou talvez como em vidas passadas

Matando a infinita saudade, de sermos nós!

Norma Moura – 12/02/1999