Fúcsia
Fúcsia
sábado, 7 de novembro de 2009 . 19:42
9mbro foi um mês de terríveis transformações extra corpóreas.
As cores viraram todas, um deserto de interpretações vazias
e todos os participantes do teatro-vida viam, pelas córneas,
a areia e o vento arrasando seus capitais e suas belas crias.
Tudo, e absolutamente tudo, destruído foi... Destroços.
10mbro chegou com sol sobre a Terra arrasada e nula.
Veramente, muito sobrou: cinzas, terra, água e ossos.
Nutrientes fabulosos para um reinicio na terra nua.
O que nós podemos esperar do mês ali, Janeiro?
Quiçá nada mude, e tudo seja apenas uma roda
que nunca se quebra, nunca se gasta, ridícula.
Pois então, mãos à obra, lunático pedreiro!
Semeie o feijão, os plásticos, e a abóbora
E reinicie tudo nessa pequena partícula.
Cabe-nos viver e acatar a cósmica lei.
Ninguém pode, e que suportar tem,
amaldiçoadas regras de viver, sei.
Morrer – então - é o único bem...
Fica bela tolice viver assim:
Esperar por anjos caindo
Em nosso belo jardim.
Noite: sonho findo.
Próximo setembro
Quiçá novidade:
Do escombro,
posteridade.
Vivenciar,
ou tão só
aceitar
o pó?
. * Ouvindo o extraordinário, o magnífico o único JOHNNY CASH! ( cantando, Hurt)