SOCORRO!

Minha vida é uma feira,
Moderna de Caruaru,
Meu sonho, que era azul,
Agora, é poente,
Além da ladeira,
Esconde-se tristemente,
Meu ego tenta escapar,
Pela (in)finita tangente,
Atravessar o luar,
Mas, o medo é empecilho,
Faz do todo, eterno domicílio,
Meu peito é uma usina,
Meu olhar uma caldeira,
Na densidade do ar,
Minha alma é uma menina,
Irrequieta a divagar...
Nos quatro cantos da sala,
Ignora a ampla ala,
Estendida para a possibilidade,
Doce liberdade,
Do verde de Minas,
Socorro! Preciso urgente,
De uma canção de ninar,
Descansar no seio da candura,
Senão, a senhora loucura,
Vai me pegar.