ALUCINADA
Eu canto alto e bom tom
Desafino
Aperto o botão - alucinada
Quando a música não mais me agrada
E troco de estação
Agito os cabelos
Batuco as mãos no volante
Os vidros escuros escondem minha loucura
Delírio, alucinação...
Rio alto, mal sabem eles...
No transito, com o calor
Abro a janela e redescubro a realidade fria e nua lá fora
A cidade barulhenta que nunca dorme
Que me assiste impávida
Que acompanha minhas trajetórias
Eu vou indo... E você ?
Eu vou indo te encontrar...
Enquanto isso, ninguém sabe - mas,
sou louca e canto tanto
Pras paredes do carro estourarem de rir
E quem liga ?