CIÚMES
De quanto abraços é feito um sorriso ?
Quantos beijos cabem na palma da mão ?
Quantas fotos têm fatos verdadeiros ?
Quantas palavras espalhadas no chão ?
São perguntas que eu faço
quando o álcool me embaça os vidros da alma
eu sou copo, vidro, estilhaço
eu sou liquido, amargo, molho, estrago e mancho
eu sou vivaz, trôpega, cambaleante
sentimentos vazios e torturantes
teus sorrisos que eram de outra e não mais meus
ao lado da qual eras um ser besta e servil
tive nojo do que vi, vomitei
o álcool me limpara a alma
da cabeça me doía até o coração
Arrasto-me pelas paredes...sou um nada !
Pra quê beijos, abraços, sorrisos, fotos se, de fato
há apenas palavras soltas pelo chão ?
cadê meu sorriso que você roubou ?
Doado agora a outra,
sem pressa nem perdão !!