CIÚMES

De quanto abraços é feito um sorriso ?

Quantos beijos cabem na palma da mão ?

Quantas fotos têm fatos verdadeiros ?

Quantas palavras espalhadas no chão ?

São perguntas que eu faço

quando o álcool me embaça os vidros da alma

eu sou copo, vidro, estilhaço

eu sou liquido, amargo, molho, estrago e mancho

eu sou vivaz, trôpega, cambaleante

sentimentos vazios e torturantes

teus sorrisos que eram de outra e não mais meus

ao lado da qual eras um ser besta e servil

tive nojo do que vi, vomitei

o álcool me limpara a alma

da cabeça me doía até o coração

Arrasto-me pelas paredes...sou um nada !

Pra quê beijos, abraços, sorrisos, fotos se, de fato

há apenas palavras soltas pelo chão ?

cadê meu sorriso que você roubou ?

Doado agora a outra,

sem pressa nem perdão !!

Adriana Alves (Poetisa Lancinante)
Enviado por Adriana Alves (Poetisa Lancinante) em 20/10/2009
Código do texto: T1876596
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.