Transparência

A cor da minha vontade é transparente.

Nada tenho de original a não ser o sal que mora em mim.

Meu sonho era ser uma gota de água salgada.

Escrevo porque assim me vejo.

Seguro firme a água que me molha o resto deixo correr frouxo.

Mato a sede quando sou doce, mas, na maioria das vezes sou muito salgada.

Querer navegar sem nau e sem rumo, minha vontade.

Tento conviver com meu carrasco, ele me ensina as lições que devo aprender.

Como boa aluna me calo.

Como má aluna choro.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 16/10/2009
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