Caleidoscópoema
Como diz o poeta com pés de atleta que corre pelo monte
A vida é curta e que não se discuta a razão dos pronomes
Quem sou eu, quem é você quem somos nós?
Porque há tanta questão e tanta dúvida em tua voz
Nada se explica, tudo se complica
Nada se faz, tudo se copia
Nada se inventa, tudo se aumenta
Tudo se chora mas nada se lamenta
Apenas a falsidade de um pingo de verdade
Que surge nos olhos de quem escreveu
E a alegria fingida de um simples dia
Que se fez tudo e que nada recebeu
A mentira do texto que é contada nos versos
Distorcidos e curtos deste poema meu
Não explica nada da realidade
Que foi escrita por mim como forma de adeus
Que ficará como lição de vida pros meus filhos
E para os filhos de seus filhos
Que saberão que um grande poeta escreveu
Sem saber que esse poeta era eu.