O Andarilho
Filho da lua
Forjado pela aurora boreal
Batizado pelo fogo
Vivo sem rumo a andar sozinho
Caminho pelo mundo
Passo por desertos, cidades, montanhas
Ninguém repara em mim
Invisível aos olhos alheios
Tenho a liberdade a minha frente
O conhecimento ao meu alcance
A eternidade ao meu lado
E o tempo ao meu favor
Estou sempre a andar
Minha função é presenciar tudo
Estou aqui desde sempre
Ficarei até o final
Sinto-me vivo a cada pôr-do-sol
Neste mundo destruído
Por guerras sem sentido
Onde ninguém se gosta ou respeita
A cada novo dia
Renasce a esperança
De um dia melhor
Dentro de uma rosa vermelha
O sol, a lua, o mar
Transmitem um novo começo
O fogo, a força
Forjam uma nova realidade.