O Andarilho

Filho da lua

Forjado pela aurora boreal

Batizado pelo fogo

Vivo sem rumo a andar sozinho

Caminho pelo mundo

Passo por desertos, cidades, montanhas

Ninguém repara em mim

Invisível aos olhos alheios

Tenho a liberdade a minha frente

O conhecimento ao meu alcance

A eternidade ao meu lado

E o tempo ao meu favor

Estou sempre a andar

Minha função é presenciar tudo

Estou aqui desde sempre

Ficarei até o final

Sinto-me vivo a cada pôr-do-sol

Neste mundo destruído

Por guerras sem sentido

Onde ninguém se gosta ou respeita

A cada novo dia

Renasce a esperança

De um dia melhor

Dentro de uma rosa vermelha

O sol, a lua, o mar

Transmitem um novo começo

O fogo, a força

Forjam uma nova realidade.

Otto Stenke
Enviado por Otto Stenke em 09/10/2009
Código do texto: T1857217
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