QUANDO A LOUCURA ACONTECE

Nada houve que quebrasse,
A presença da ternura,
Refletida na misteriosa face,
Nem mesmo a loucura.

Que cingiu a sua realidade,
Pegou o ser desprevenido,
Com plácida insensibilidade,
Mudou os seus sentidos.

Ao te contemplar na avenida,
Solitária a vagar...
Questiono; por que a vida,
É essa linha tênue, perpendicular?

Por que a singular figura,
Silenciosa – estranha,
Como sombra nos acompanha,
Causa tantas rupturas?

Mas, nada vale o ponto de interrogação,
Nessa noite de primavera tão mansa,
A loucura sempre virá sobre a razão,
Como um gigante ante uma criança.

 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

(Para alguém que não suportou a rigidez e a lucidez dos dias)