MEUS FANTASMAS

Espectros noturnos,

Por que me acercam?

O que lhes fiz?

Sei que ai estão

Zombando de mim

Por chamar-me poeta.

Pois, riam.

Ria, oh pobre inveja!

Venham soturnos,

Que arrepios me alertam.

Digam, os de vida infeliz,

Por que querem me tomar a atenção?

Por que se aproximam assim,

Sem pedir permissão

Como se eu fosse cega?

Tomem um rumo,

Construam tuas próprias metas,

Procurem aprumo

E a direção certa.

Acaso eu tenho cara de seta

A indicar-lhes a direção?

Pois, me deixem no meu mundo,

Princípio do precipício,

Que por mais profundo

É tudo que retenho

E tenho

Pra ainda chamar de meu.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 07/10/2009
Reeditado em 11/07/2010
Código do texto: T1852467
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