MEUS FANTASMAS
Espectros noturnos,
Por que me acercam?
O que lhes fiz?
Sei que ai estão
Zombando de mim
Por chamar-me poeta.
Pois, riam.
Ria, oh pobre inveja!
Venham soturnos,
Que arrepios me alertam.
Digam, os de vida infeliz,
Por que querem me tomar a atenção?
Por que se aproximam assim,
Sem pedir permissão
Como se eu fosse cega?
Tomem um rumo,
Construam tuas próprias metas,
Procurem aprumo
E a direção certa.
Acaso eu tenho cara de seta
A indicar-lhes a direção?
Pois, me deixem no meu mundo,
Princípio do precipício,
Que por mais profundo
É tudo que retenho
E tenho
Pra ainda chamar de meu.
>>KCOS<<