SILÊNCIO DENTRO DE MIM
Calo,
Porque quando falo
Ninguém presta-se a me ouvir,
E quando calo,
Predestino no não
Um dizer de sim..
E bem baixinho
Ao pé do ouvido
Largo-me de um ruído
Vazio de mim.
E mesmo nos preceitos
Vagos do outro
Sinto o calar em mim..
Minhas migalhas
De olhares inanimados
Antevêem meu fim..
Não será tuberculose
E nem doença de carne,
Mas será a negligencia
De eu sempre dizer sim.