SILÊNCIO DENTRO DE MIM

Calo,

Porque quando falo

Ninguém presta-se a me ouvir,

E quando calo,

Predestino no não

Um dizer de sim..

E bem baixinho

Ao pé do ouvido

Largo-me de um ruído

Vazio de mim.

E mesmo nos preceitos

Vagos do outro

Sinto o calar em mim..

Minhas migalhas

De olhares inanimados

Antevêem meu fim..

Não será tuberculose

E nem doença de carne,

Mas será a negligencia

De eu sempre dizer sim.

Daiane Durães
Enviado por Daiane Durães em 04/10/2009
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