NA TEIA DA ARANHA


Arisca,

Se arrisca,

Lança fios na altura,

Sutilmente passeia...

No próprio traço,

Mede o espaço,

Procura...

Um ponto de precisão,

Para a coesão

Da sua teia,

Silenciosa,

Misteriosa,

Formosura,

Ante a fissura,

Da presa

Que indefesa,

Tateia...

Repleta-se de ternura,

E no ápice da loucura,

Saúda a nobre ceia.