O Peregrino

Os olhos fundos

O cabelo despenteado

O corpo simples de um mortal

Expressões que ninguém decifra

Ele é um garoto

Um peregrino nas sombras

Que caminha sozinho à noite

Em busca de respostas impossíveis

Seu coração palpita

Vinte vezes mais que o normal

Tem toda sede de vida e calor na alma

Corre em busca de um motivo melhor pra isso

Viver sonhando

Parece o caminho mais fácil

No entanto ele não consegue dormir

Prefere enfrentar o duro caminho da vida

Os olhos queimam

Sobre o sofrimento e a dor

Perder pra morte é algo impossível

Ele não deixará tomar seu corpo em seu manto negro

Amar é preciso

Sempre fora o mesmo

E sua dedicação nunca foi levada a serio

No entanto prefere seguir a risco as palavras de uma donzela

Ele domina o mundo

O seu próprio poço de ironia

Faz confundir as mentes mais sabias

E ainda dança sobre o tumulo dos antigos mestres

Seu cérebro lateja

Com as idéias mais polemicas

Seu senso de disciplina permitiu ler entrelinhas

Seu ódio pela ignorância fez pisar o escroto destino

Ser ou não ser

Não importa ele já é

A questão que todos sonham resolver

O incrível mistério do universo implacável

O fim nunca chega

Ele ri das situações impossíveis

Cospe álcool na face coberta da morte

E dança sobre o tumulo das sagradas escrituras

Morrer acho que não

É tão fácil quebrar essa regra

Fazendo o seu próprio destino

Superando os desafios vencendo a luta

Conhecendo o amor vivenciando os segundos

Carrego sobre meus ombros o grande desejo de viver

Quebrando os espinhos e caminhando sobre as rosas da vida

Eduardo Melin
Enviado por Eduardo Melin em 01/10/2009
Código do texto: T1841348
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