O Peregrino
Os olhos fundos
O cabelo despenteado
O corpo simples de um mortal
Expressões que ninguém decifra
Ele é um garoto
Um peregrino nas sombras
Que caminha sozinho à noite
Em busca de respostas impossíveis
Seu coração palpita
Vinte vezes mais que o normal
Tem toda sede de vida e calor na alma
Corre em busca de um motivo melhor pra isso
Viver sonhando
Parece o caminho mais fácil
No entanto ele não consegue dormir
Prefere enfrentar o duro caminho da vida
Os olhos queimam
Sobre o sofrimento e a dor
Perder pra morte é algo impossível
Ele não deixará tomar seu corpo em seu manto negro
Amar é preciso
Sempre fora o mesmo
E sua dedicação nunca foi levada a serio
No entanto prefere seguir a risco as palavras de uma donzela
Ele domina o mundo
O seu próprio poço de ironia
Faz confundir as mentes mais sabias
E ainda dança sobre o tumulo dos antigos mestres
Seu cérebro lateja
Com as idéias mais polemicas
Seu senso de disciplina permitiu ler entrelinhas
Seu ódio pela ignorância fez pisar o escroto destino
Ser ou não ser
Não importa ele já é
A questão que todos sonham resolver
O incrível mistério do universo implacável
O fim nunca chega
Ele ri das situações impossíveis
Cospe álcool na face coberta da morte
E dança sobre o tumulo das sagradas escrituras
Morrer acho que não
É tão fácil quebrar essa regra
Fazendo o seu próprio destino
Superando os desafios vencendo a luta
Conhecendo o amor vivenciando os segundos
Carrego sobre meus ombros o grande desejo de viver
Quebrando os espinhos e caminhando sobre as rosas da vida