Baú sem fundo

Meu baú do infinito

Segue-me num rito

Aonde quer que eu vá

Com tampa de armadilha

Engolindo em fila

Aos sonhos que eu sonhar

Projetos que não voltam

Vontades que aportam

Sem se fixar

Vão e não retornam

Seus gritos se esgotam

Sem eu escutar

Idéias e lampejos

Fragmentos, desejos...

Nada escapará

Até a esperança

Tenta entrar na dança

Sugada que está

Quem sabe os espera

Alma paralela

Do lado de lá

Tento ser criativo

Inspirado, impassível

Pra continuar

Busco nas entranhas

Atender a sanha

A me infernizar

Meu único acalanto

É ter um recanto

Pra me resguardar