SEM RIMA 72.- ... apoliticismo ...
Dizia Aristóteles (em grego)
que o homem (mulher e varão = ánthropos)
é animal político (zoón politikón)
ou cidadão, responsável da cidade,
porquanto é responsável dos que regem
a cidade...
Que glorioso enleio!
Eu, que pertenço a essa caterva dos "ánthropoi",
acredito (tenho fé imensa, quase universal)
nessa verdade, proclamada por todos,
mas discutida pelos que mandam
exércitos, armados, quer
dizer, matadores:
as armas,
que são o seu instrumento
de trabalho, servem para ferir e mesmo para matar...
não é?
Por isso acredito, porque não vejo...
E desde a minha fé, tento dar explicações
do que eu entendo que deveria ser a ordem democrática,
ai, tão escassamente existente, tão agonizante
nesta época de virtualidades mais cada vez
absolutistas...
Que os deuses nos colheitem arrependidos
e nos levem aos Olimpos em que eles habitam
felizes e absolutos!
(Também os habitantes da Galiza, Mãe da Lusofonia
e agora escrava fora dela, merecemos a benção
dos deuses... acho!)