SEM RIMA 71.- ... toleima ...
Pergunto-me, mas pergunto, intenso
e tenso, mas descontraído... Sei
que as "contrações" muito não fazem
ao caso, a este caso do reino bourbónico*
com, contra, para ou...
quem sabe: sem a Galiza (Galiza,
por favor, "per carità!"), aquela seção
ou parcela de gentes e de terras
que, sem muito propósito talvez,
fez com que a Lusofonia seja hoje
o que é...
Mas vamos à pergunta:
«Será de tolos pretendermos cá,
na Galiza, chegar a fazer parte assisada
da Lusofonia, junto de países como
Angola e Brasil e Cabo Verde e Guiné-Bissau
e Moçambique e Portugal e São Tomé
e Timor Lorosae e mesmo Macau ou Goa?
Porque poucos nesses países conhecem
que a Galiza é Galiza (há quem nos confunde
com a "Galicia" polonesa...), Mãe e Senhora
da Lusofonia que pariu Portugal...
Engraçada situação:
O pai paridor e a mãe
apenas geradora...
Cousas da Lusofonia!
Sei de amigos galegos que confirmam a hipótese
de os lusófonos pensarem e agirem por si,
num jeito diverso dos não lusófonos...
E eu,
caras amigas e caros amigos lusófonos, tenho
de lhes dar toda a razão, todas as razões:
A prova, científica?
Esta Galiza, humilhada
mas temível, triste, mas entusiasta, cordial,
mas... Feminina, mas tão cheia de azos e fôlegos
nada timoratos...
Se os lusófonos todos
ou, pelo menos, os notáveis deles advertissem
o que contra a Galiza fizera e está a fazer
o reino bourbónico, compreenderiam bem
esta caracterização que acabo de exprimir
da Galiza, Mãe e Senhora da Lusofonia extensa...
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(*) Reino bourbónico e o reino da Espanha que, por ser reino (restaurado pelo ditador militar Francisco Franco Bahamonde, já falescido, em 1975), o seu chefe de estado é rei em dinastia biologicamente continuada, de pai a filho e assim "in aeternum", dos Bourbões, originários da França. O reino deixou de ser reino para se tornar em república por duas ocasiões: em 1875, durante nove meses, exterminada por um golpe de estado, militar; e em 1931 até 1936... ou ...1939, exterminada por uma sublevação, militar, seguida de uma guerra, mal chamada "civil", porque arrastou mais de um 1.000.000 de mortos, pessoas antes vivas, dos quais uns 200.000 foram eliminados fisicamente na pós-guerra, até à morte do ditador, em 1975.