Não levo nada de legítimo
Não, não tenho nada de legítimo
Que não as minhas mil poesias
Onde me conheço bem melhor,
E onde me acho em demasia.
E até às minhas belas mulheres
Me dou em poemas de amor
Ainda que não valham a ponto
(não mais que uma mera flor).
Me prendam pois sou impostor!
Nem amo tanto quanto escrevo
Mas faço em versos, diaramente,
diagnóstico dos meus medos.
Legítimo, não, nada, poemas
Me perco, nem sei mesmo quem sou
Se sou o quem leio após o fim, ou
O que não coube, tamanho o amor.