SEM RIMA 15.- "... Letizia ..."
Ha, ha, ha... Que presságio
ou pressentimento ou agoiro
e, por riba, cantado operisticamente
("dal grande Giuseppe Verdi!"):
"Letizia"! (divorciada)
"... beato amore" (principesco)
"armonia nell'etere" (da catedral de Madrid,
capital
do reino
bourbónico:
Os habitantes de repúblicas ignoram essa "armonia nell'etere"...
por isso são incapazes de entender que alguém cante:)
"Vorrei destar coi palpiti..."
Nós no reino, na "Galicia" do reino
(Que não é a Galiza lusófona)
andamos apampados porque "nell'etere"
seu, do reino, "quanti pianeti egli (o reino) ha"
Todos, como bons súbditos,
circungiramos, apampados, admirados, absortos,
meio parvos... (doutro jeito não entendo
como é que padecemos alegres
e ainda mais
os governos que livremente...
ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha ... livremente!!!!
elegemos = dizem que elegemos = acreditamos que dizem que elegemos)
É Letizia, a princesa ex-divorciada e ex-descrente,
a que nos anima a suportar a anorexia democrática
em que o pós-franquismo nos sumiu:
com ela iremos todos os "españoles" ao céu
(«ir seco al cielo»)
e lá todos erguer-nos-emos e berraremos:
"Glória à Letizia e por ela aos bourbões todos!"
(Apesar de não termos nem sangue azul nem unção divina,
iremos aonde os outros mortais, republicanos, não ireis!!!)
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NOTA.- Este não poema, sem rima, está des-inspirado em «La mia Letizia infondere vorrei...», da ópera "I lombardi alla prima crocciata", do grande Verdi:
La mia Letizia infondere vorrei
Nel suo bel core!
Vorrei destar coi palpiti
Del mio beato amore.
Tante armonie nell’etere
Quanti pianeti egli ha:
Ah! ir seco al cielo, ed ergermi
Dove mortal, mortal non va!
etc.