SEM RIMA 6.- Ondas

Vêm e vão, vão e vêm...

Ondas

do mar, por exemplo,

de Vigo,

dessas que arrastam

com definhamento e moleza

algas quase definhadas,

mas moles, gelatinosas...

Dessarte sinto e consinto

nas ondas que lembram

e preterem no cérebro meu

o que fui e não

sou ou ainda continuo

estranhamente a ser...

Os amores que foram

inconfessos

e os futuros que serão

no hiperurânio platónico:

geleia "branda e tremulante",

tudo...

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À Poeta Galega, que também sabe de ondas...