O Vale das Sombras
Minha alma vaga pelas profundezas obscuras,
Paro por um segundo e vejo sangue,
Paro outra vez e vejo dor.
Luzes nunca mais percorreram meu caminho,
As trevas tomaram todo o meu ser,
Agora para um segundo e penso,
Se isso é mesmo contundente.
Minha família se foi,
Meus amigos se foram,
Tudo o que era bom se foi sem ao menos poder retornar.
Estou caminhando pela penumbra,
Perdido entre pensamentos,
Perdido entre o vale das sombras e o da morte,
Tentando entender qual será o meu caminho.
Vejo vultos enegrecidos,
Sinto a gélida brisa tocar a minha nuca,
Ouço passos bem longínquos,
Sinto que aqui neste lugar não estou sozinho.
Uma parte de mim está dividida,
Onde está a luz?
Estou começando a desacreditar,
Penso que viverei este martírio,
Até a penumbra me solar.
Estou enlouquecendo,
Estou me partindo por dentro,
Preciso de ajuda antes que coloque o fim nesta loucura.
Paro próximo dos rios e lembro-me de vários momentos,
Dos quais ficaram perdidos em um incógnito passado.
Este vale das sombras é o meu lar,
Minha alma permanecerá aqui,
Para ser julgada no juízo final,
Onde assim saberei se o meu destino,
É viver no caminho da virtude ou da moléstia!
Para saber se permanecerei perdido entre estes caminhos do bem e do mal.