EM BUSCA DA ALVORADA
"Há um azul em abuso de beleza"
(Manoel de Barros)
Não importa,
Se a noite é comprida,
Se a vida é torta,
Se o não ser duvida,
Que o mehor aconteça,
Não importa,
Se a dor me corta,
Embaça as retinas,
Deixa a alma avessa,
No balanço da cortina,
Não importa,
Se a razão,
Me desconforta,
E a loucura penetra,
Pelos poros, pelas narinas,
E indiscreta,
Repousa na minha cabeça,
O que importa irmão;
É que o meu coração,
(É) terna morada,
Da esperança azulada,
E luta como um cristão,
Em busca da alvorada.
"Há um azul em abuso de beleza"
(Manoel de Barros)
Não importa,
Se a noite é comprida,
Se a vida é torta,
Se o não ser duvida,
Que o mehor aconteça,
Não importa,
Se a dor me corta,
Embaça as retinas,
Deixa a alma avessa,
No balanço da cortina,
Não importa,
Se a razão,
Me desconforta,
E a loucura penetra,
Pelos poros, pelas narinas,
E indiscreta,
Repousa na minha cabeça,
O que importa irmão;
É que o meu coração,
(É) terna morada,
Da esperança azulada,
E luta como um cristão,
Em busca da alvorada.