Alucine-me

Alucine-me

(Alex Louzada)

Alucine-me, faça a minha cabeça voar

Alucine-me, não quero a vida a me entediar

Alucine-me, seja na terra, no céu ou no mar

Alucine-me, quero na loucura aterrissar

Quero te sentir no gole da cerveja, na minha boca seca, no trago de um cigarro, Quero te sentir no encanto da lua cheia, no teu corpo sedento, no gozo derramado

Alucine-me, não quero ver as coisas paradas no mesmo lugar

Alucine-me, só quero é te ter na veia

Alucine-me, tu que és tão inconstante

Alucine-me, em teu sexo embriagante

Quero sentir o teu sentido, no gole de um vinho, no desejo do pecado

Quero te sentir na dependência desse vício, no inferno do paraíso, no leite derramado

Alucine-me, tu que às vezes estás em térreo

Alucine-me, já que sou um homem cético

Alucine-me, no copo até a borda com uísque

Alucine-me, deixa eu ser o cúmplice desse crime

Quero sair dessa monotonia, viver uma outra vida, na universalidade

do cosmo

Explorar o ápice da mente, inexoravelmente, no manifesto da mente ao ópio

E atenção. Me chega um comunicado dos céus por Jesus:

Alucine-me e te sacies de todos os prazeres existentes, não te censures vá ao cume de teu inconsciente, para não teres medo de explorares o céu que se encontra aí guardado, dentro da tua mente.

Alex Louzada
Enviado por Alex Louzada em 25/08/2009
Reeditado em 07/08/2020
Código do texto: T1773766
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