DRAPACÍDIO MÓRBIDO TEMPORÁRIO
Constante deturpação, arreda o engodo, traça em arco uma ponte;
na tortura pela ausência, na ausência nauseabunda, triunfante caminha;
Pequena infante, suicida, irrigada, tolerante, progressiva;
Construo castelos de ossos, em um paraíso de abelhas famintas;
Tirania solene, da insanidade colegial;
Preponderância máxima de outrem;
Imagem nevasca mórbida, morde o canto superior dos lábios;
Sangra com sede, e com volúpia aperta as mãos;
Em sinal puro gestual de oração difama a própria glória;
Grita insistentemente, derruba paredes sólidas;
Prende cordas, conecta fios de cobre;
Sangue suga, apregoam pedaços de carne viva no alto de sua ignóbil presença;
Renuncia a vigilância, vai como se estivesse vindo;
Abre os braços, com as mãos grossas de sangue e argila;
Notável criança mau amada; sustenta vícios lúdicos em busca do real deturpador;
Carrasco infame observa ao longe, seu reflexo condicionado, imóvel, mudo.
Transmutação original metamorfose,
Mudam-se estações, transmissões de pensamentos interrompidas;
Telepatia, comunicação precária, sem sinal, narra alucinações perdidas;
Interrupção, luz apagada;
Drapacídio Mórbido Temporário;
Interrupção radical do racional.